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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Comissão fez alerta sobre volume de água


 
A Comissão Especial de Acompanhamento das obras de drenagem, formada na Câmara de Americana, chegou a alertar sobre o volume de água que desce dos bairros até a Avenida Brasil. No entanto, até o momento, a comissão somente obteve informações superficiais sobre o projeto executado na via e teve que recorrer à CGU (Controladoria Geral da União) para conseguir efetuar a fiscalização das obras.

"É preciso dar uma solução para a água que vem porque senão ela corre por cima da avenida, mesmo com o córrego canalizado", analisou o presidente da comissão, vereador Marco Antonio Alves Jorge (PDT). "Se existe alguma galeria naquele ponto, já ficou provado que é insuficiente".

O vereador defendeu que a implantação de ramais que fizessem com que a água corresse por tubulações subterrâneas até o Córrego do Parque evitaria que a enxurrada corresse com tanta velocidade até a avenida. "A obra já está em fase de acabamento, com a colocação do calçadão, do gramado e talvez possa ainda estar faltando alguma obra estrutural. Se for fazer algo, tem que ser feito agora", avaliou. "Estão passando o perfume, mas será pior ter que quebrar tudo de novo para incluir algum ramal".

Ele lamentou que a comissão não tem acesso a informações mais detalhadas do projeto. "A transparência é a melhor maneira de evitar problemas", afirmou. Ele lembrou que, na única reunião com os técnicos responsáveis pelo projeto, após muita briga política na Câmara, ficou claro que dois ramais que deveriam existir atrás do Parque Ecológico foram excluídos do cronograma de obras.

Culpa é da chuva
A Prefeitura de Americana responsabilizou a força da enxurrada que descia pela Rua das Paineiras pela abertura da cratera com a Avenida Brasil, onde o vendedor Renan Cassemiro, 19, ficou preso e morreu depois de ser levado pela água. "Nenhum asfalto do mundo aguentaria a velocidade e a quantidade de água que desceu da Rua das Paineiras. A força da água foi gigantesca", afirmou, em nota, a Sosu (Secretaria de Obras e Serviços Urbanos). O trecho danificado começou a ser refeito ainda na noite de domingo e terminou ontem.

Em cerca de 25 minutos, choveu 37,8 milímetros em Americana na tarde de domingo. O secretário de Transportes e Sistema Viário, Jesuel de Freitas, alertou que a água da chuva concentrada na Avenida Cillos não possui vazão e desemboca em ruas que vão em direção à Avenida Brasil, como é o caso da Rua das Paineiras, um dos fatores que aumentam a ocorrência de concentração de água no cruzamento onde Renan morreu. "Na Cillos não tem bueiro. Toda a água que cai nessa região é canalizada na Rua das Paineiras", ressaltou.

A nota da Sosu reconheceu o problema e afirmou que ele será enfrentado. "Na Avenida Cillos não existe um único bueiro que leve a água da chuva para a canalização. São problemas que estão aí há mais de 40 anos e cabe ao poder público enfrentá-los".

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