Intervenções na via aumentou de R$ 32,3 milhões para R$ 55,4 milhões, uma elevação em mais de 70%
População comenta sobre os gastos com o escoramento das palmeiras
Como
tudo o que está relacionado com as obras de revitalização da Avenida
Brasil, o trabalho de escoramento das palmeiras que margeiam o Córrego
do Parque também foi milionário. O custo da intervenção foi
contabilizado em R$ 5.633.794,69. Esse é um dos dados que constam na
documentação encaminhada na semana passada pela Prefeitura de Americana à
Subcomissão de Fiscalização do PAC (Programa de Aceleração do
Crescimento), da Câmara dos Deputados, que acompanha o caso. A
documentação foi encaminhada para a subcomissão através do deputado
federal Vanderlei Macris (PSDB).
Em novembro, deputados federais
que integram a subcomissão estiveram em Americana e vistoriaram as obras
financiadas pelo programa. Eles solicitaram uma série de informações à
Prefeitura, que foram respondidas na semana passada. A necessidade de
escoramento das palmeiras da avenida foi um dos motivos apontados pelo
prefeito Diego De Nadai (PSDB) para a elevação dos custos das obras na
Avenida Brasil. O assunto foi abordado em reunião no dia 22 de setembro
no Rio de Janeiro, na sede do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social), órgão financiador da obra.
Levantamento do petista Adelino Leal constatou que 113 árvores foram escoradas, a um custo de quase R$ 50 mil cada uma
Marcelo Rocha / O Liberal
O
orçamento das intervenções na via aumentou de R$ 32,3 milhões para R$
55,4 milhões, uma elevação em mais de 70%. Outra justificativa para a
alteração do projeto foi a transferência do Parque Linear do Ribeirão
Quilombo para o Córrego do Parque. Na ocasião, o vereador Adelino Leal
(PT) fez um levantamento na avenida e constatou que 113 palmeiras da
Avenida Brasil foram escoradas, o que representaria um custo de quase R$
50 mil para cada árvore. A informação da Prefeitura é que as palmeiras
estavam localizadas em um terreno de solo muito ruim e de pouca
consistência, por isso foi necessária a realização do estaqueamento das
palmeiras, com a implantação de perfis metálicos em suas bases.
No
documento encaminhado pela Prefeitura, a afirmação categórica é que não
há irregularidade nas obras do PAC. A administração ainda garante que
está em dia com o pagamento das contrapartidas do financiamento, apesar
de o BNDES ter suspendido os repasses, desde setembro, com a alegação de
que a Prefeitura não tem injetado os recursos na proporção necessária.
Parte
dos questionamentos feitos pela subcomissão não foi respondida pela
Prefeitura, que informou apenas que está preparando um relatório que
será apresentado posteriormente, assim como as cópias de documentos que
foram solicitados pelos deputados, como o projeto executivo das obras e o
processo de licitação para contratação do Consórcio Parque, responsável
pelas intervenções.
Diego garante responder 'tudo'A
subcomissão ainda questionou a Prefeitura de Americana sobre o motivo
de não responder aos requerimentos da Câmara de Vereadores. Apesar de
toda lamentação dos parlamentares da oposição, a informação é que "todos
os requerimentos são respondidos". A bancada de oposição reclama que
recebe respostas lacônicas, que dizem apenas que os questionamentos
estão em fase de levantamento. No entanto, as informações solicitadas
nunca chegam aos vereadores.
Quanto ao ritmo das obras, a
Prefeitura informou à subcomissão que o trabalho no Córrego do Parque
está 82,83% concluído. No Córrego São Manoel, a informação é que as
intervenções chegaram a 53,33%. Já as obras no Córrego Pylles e no
Ribeirão Quilombo, ainda estão apenas no projeto executivo, ou seja,
nada ainda foi realizado. A documentação apresentada pela Prefeitura foi
encaminhada para análise do presidente da subcomissão, deputado federal
Ademir Camilo (PSD) e do relator, Nelson Bornier (PMDB).
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